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BeGirl Project (Being a girl in Angola)

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News

BeGirl Project (Being a girl in Angola)

calendar_today 22 December 2020

BeGirl Project (Being a girl in Angola)
BeGirl Project (Being a girl in Angola)

BeGirl Project (Being a girl in Angola)

 

 

Lead News letter

 

Life changing experiences are happening in thousands of girls’ lives in Angola thanks to a partnership between UNFPA and BeGirl. It seeks to react against the low level of education among Angolan girls, due to inadequate menstrual health and the associated taboos and stigma.

 

Lídia is a 16-year-old girl and she studies at Matala municipality, in Huila province. This province is well known for its beauty, agriculture and livestock. Sadly, many girls at Lídia’s age have already dropped school. According to the Multiple Health Indicators Survey (IIMS) 2015-2016, the average years of school, per woman, in Huíla, is 3 years. There are many social reasons for that to happen, although there is a close connection between the drop out and the beginning of the menstrual cycle. Many girls living in rural and remote communities like Lídia are, for instance, unaware that menstrual hygiene products exist. They can help them manage this period, which is normal in the life of a girl and a woman. This lack of knowledge contributes to the high rate of teenage pregnancy. In Huila, 36% of girls aged 15 to 19 have already had their first pregnancy.  The vulnerability of girls in Angola is recognized. Studies and surveys carried out by INE in the last 5 years show several obstacles to girls' access to education and also show gender disparities.  In Huíla, 20% of men and boys have access to internet and only 10% of women and girls have access.

 

To address the barriers that limit access to education for this vulnerable group, particularly in rural areas.  UNFPA alongside its partners has been engaged searching for solutions for menstrual health that, in many contexts, is inadequate or non-existent, a factor that conditions the continuity of girls' school life. As known, many girls skip school monthly on the days they are menstruated. This scenario is repeated with each menstrual cycle, causing many to drop out of school completely. Lack of access to menstrual hygiene products and lack of adequate sanitation facilities in schools directly contribute to the increase in the dropout rate of pre-adolescent and adolescent girls.

 

Inadequate menstrual health and hygiene is a multidimensional challenge perpetuated by the lack of access to menstrual protection products, information on menstruation and sexual reproductive health, lack of adequate and friendly sanitation infrastructure and taboos related to the topic. At school, gender norms provoke feelings of shame that, in turn, lead to school dropout and increased stigma, compromising the empowerment and equal participation of girls and women in all sectors of society.

 

UNFPA Angola in partnership with BeGirl and its national partners is developing a pilot initiative in the provinces of Luanda, Huíla, Huambo and Lunda Norte with teenagers (girls and boys) from 10 to 16 years old.  The main purpose is to provide proper information and materials suitable for menstrual management and remove barriers related to menstruation towards the promotion of gender equality.

 

Part of the initiative includes the distribution of 2 Menstrual Panties (PeriodPanties) to the girls, so they can manage their menstruation accordingly. Also, the distribution of the “menstrual clock” tool (SmartCycle) to girls and boys to support them in learning and monitoring the menstrual cycle. The initiative aims to reach 1000 girls and 1000 boys, through an educational method based on empathy that will allow these boys and girls to better understand that it is a normal phase of girls' lives, so that they become informed and empowered adolescents and young people.

 

 In order to achieve the results, UNFPA Angola in partnership with BeGirl Inc.,

trained 27 Government and Civil Society technicians. In the identified provinces they will hold workshops with girls and boys using educational and informational materials, which will help facilitate, learning and distribute educational and menstrual management materials, using the SmartCycle.

 

Lidia participated in the pilot field activity of training of trainers in Huila and shared her experience: “We received the smartcycle and panties. We like using it. I feel comfortable and hope the others who also have it feel the same way too.” Seeing Lidia do this training alongside her fellow boys, creating a network of empathy between them without taboos, is a real step towards the inclusion of girls and gender equality.

 

BeGirl is a company of a social character, which aims to end the stigma of menstruation, so that being a girl does not constitute a barrier to access to education, health and other life opportunities that allow them to have personal and professional success.  Through the creation of innovative products for menstruation, functional and accessible, the company has a wide range of products ranging from menstrual underwear, wipes, menstrual cups and support mechanisms for monitoring the menstrual cycle.

 

 

 

 

Projecto BeGirl (Ser Menina em Angola)

Lead News letter
A transformação da vida de milhares de meninas em Angola está a acontecer graças a uma parceria entre o UNFPA e a BeGirl, que quer combater a baixa escolaridade entre meninas angolanas, devido a uma saúde menstrual inadequada e aos tabus e estigma associados. Lidia é uma menina de 16 anos que estuda no município da Matala, na província da Huila. A 
Huila é uma província de Angola conhecida pela sua beleza e produção agropecuária. Infelizmente, muitas meninas da idade da Lidia já abandonaram a escola. Segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos de Saúde (IIMS) 2015-2016, a média de anos de escola, por mulher, na Huíla, é de 3 anos. As causas estão ligadas a inúmeros factores sociais, existindo, no entanto, uma ligação estreita entre o abandono escolar das meninas e o começo do ciclo menstrual. Muitas meninas como a Lidia que vivem em comunidades rurais e remotas não sabem, por exemplo, que existem produtos de higiene menstrual, que as podem ajudar a gerir
este período que é uma fase normal na vida de uma menina e mulher. Esta falta de conhecimento também contribui para a alta taxa de gravidez na adolescência, sendo que, na Huila, 36% das meninas entre 15 e 19 anos já tiveram a primeira gravidez. A vulnerabilidade das meninas em Angola é reconhecida. Estudos e Inquéritos realizados pelo INE, nos últimos 5 anos, demonstram vários impedimentos ao acesso de meninas à educação e também mostram disparidades de género. Na Huíla, 20% dos homens e rapazes tem acesso à internet, contra apenas 10% das mulheres e raparigas. Para fazer face às barreiras que limitam o acesso à educação deste grupo vulnerável, em particular no meio rural, o UNFPA tem estado empenhado, conjuntamente com os seus parceiros, na busca de soluções para a saúde menstrual que, em muitos contextos, é inadequada ou inexistente, factor que condiciona a continuidade da vida escolar das meninas. É sabido que um grande número das meninas faltam, mensalmente, às aulas, nos dias em que estão com a menstruação, repetindo-se a cada ciclo menstrual, o que leva muitas delas a desistir completamente da escola. A falta de acesso a produtos de higiene menstrual e a falta de instalações sanitárias adequadas nas escolas contribuem directamente para o aumento da taxa de abandono escolar de meninas pre-adolescentes e adolescentes. A saúde e higiene menstrual inadequadas constituem um desafio multidimensional perpetuado pela falta de acesso a produtos de protecção menstrual, informações sobre menstruação e saúde sexual reprodutiva, falta de infra-estruturas de saneamento adequadas e amigáveis e tabus relacionados com o tema. Na escola, as normas de género provocam sentimentos de vergonha que, por sua vez, levam ao abandono escolar e ao aumento do estigma, comprometendo o empoderamneto e a participação igualitária das meninas e mulheres em todos os sectores da sociedade. O UNFPA Angola, em parceria com a BeGirl e os seus parceiros Nacionais está a desenvolver uma iniciativa piloto nas Províncias de Luanda, Huíla, Huambo e Lunda Norte, entre adolescentes (meninas e meninos) dos 10 aos 16 anos de idade, cujo objectivo central é o de providenciar informações e materiais adequados a gestão menstrual e remover barreiras relacionadas com a menstruação rumo à promoção da igualdade de género.
Como parte desta iniciativa, está prevista a distribuição de 2 Cuequinhas de Menstruação (PeriodPanties) às meninas, para que possam fazer, de forma eficaz, a gestão da sua menstruação e ainda a distribuição da ferramenta “reloginho menstrual” (SmartCycle) a meninas e rapazes para os apoiar na aprendizagem e monitorização do ciclo menstrual. A iniciativa prevê alcançar 1000 meninas e 1000 meninos, através de
um método educacional baseado na empatia e que permitirá a estes meninos e meninas perceber melhor esta que é uma fase normal na vida de meninas, de forma a que se
possam tornar adolescentes e jovens informados e empoderados. Para possibilitar os resultados propostos, o UNFPA Angola, em parceria com a BeGirl Inc., formou 27 técnicos pertencentes ao Governo e Sociedade Civil que, nas províncias identificadas, vão realizar workshops com meninas e meninos com recurso a materiais educacionais e informativos, que os irão auxiliar na facilitação e aprendizagem e
proceder à distribuição dos materiais educacionais e de gestão menstrual, utilizando a metodologia SmartCycle. A Lidia participou na actividade de campo piloto de formação de formadores na Huila epartilhou a sua experiência. Nas suas palavras: “Nos deram smartcycle e as calcinhas, gostamos de usar, eu me senti confortável, e espero que outras pessoas que receberam o mesmo se sintam confortáveis.” Ver a Lidia fazer esta formação ao lado dos seus colegas rapazes, criando uma rede de empatia entre eles sem tabus, é um verdadeiro passo na direcção da inclusão das meninas e da igualdade de género. A BeGirl é uma empresa de carácter social de design, cujo propósito é o de acabar com o estigma da menstruação, para que o facto de ser menina não constitua uma barreira de
acesso à educação, saúde e outras oportunidades de vida que lhes permitam terem sucesso pessoal e profissional. Através da criação de produtos inovadores para a menstruação, funcionais e acessíveis, a empresa conta com uma vasta gama de produtos que vão desde cuecas menstruais, toalhinhas, copos menstruais e mecanismos de apoio à monitoria do ciclo menstrual.

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