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As adolescentes em Angola frequentemente enfrentam barreiras duplas quando se trata de gerir a sua saúde menstrual com dignidade e conforto: falta de conhecimento básico sobre o ciclo menstrual e a sua relação com o planeamento familiar, bem como falta de materiais adequados para usar durante os seus períodos. Juntamente com normas sociais nocivas, como estigma social e tabus relacionados à menstruação, essas barreiras contribuem para a diminuição do sentido de autoestima das meninas e um aumento de oportunidades perdidas.

A maioria das meninas em Angola actualmente não têm acesso a produtos menstruais ou informações precisas sobre a menstruação e os seus corpos. A pesquisa e a experiência mostraram que a saúde menstrual é um desafio complexo que envolve a falta de acesso a produtos certos, infraestruturas de saneamento e informações sobre a menstruação. O impacto da má saúde menstrual também afecta a mobilidade, a confiança e a compreensão das meninas sobre os seus corpos, o que pode inibir a sua participação equitativa na sociedade.

Para continuar a endereçar esta importante questão que raparigas e rapazes enfrentam na entrada para a adolescência e como parte dos esforços contínuos do UNFPA para promover a igualdade de género e o empoderamento feminino, foi lançado no dia 03 de Novembro em Luanda e 17 de Novembro em Saurimo, Lunda Sul, o II Relatório de Impacto que abrangeu as Províncias do Cuanza Sul, Benguela, Lunda Sul e Moxico, no âmbito da Iniciativa Piloto de Gestão da Saúde Menstrual promovida pelo UNFPA, Fundo das Nações Unidas para a População em Angola conjuntamente com os seus Parceiros chave do Governo e Sociedade Civil,  

Nesta II Fase da iniciativa de Saúde Menstrual em Angola foram alcançadas 2,000 raparigas e 2,000 rapazes com idades compreendidas e entre os 11 e os 19 anos de idade, com informação sobre Saúde Sexual Reprodutiva e Menstrual e produtos menstruais (Calcinhas de Menstruação e Reloginhos de Ciclo Menstrual) que permitem às meninas gerir a sua menstruação com maior confiança e aos rapazes um maior conhecimento desta importante fase que tem lugar na passagem para adolescência, dando-lhes a possibilidade de tomar decisões informadas sobre o seu corpo.

O UNFPA Angola gostaria de reconhecer o seu principal parceiro BE GIRL INC., o Governo de Angola e todos os intervenientes nacionais dos principais Ministérios e organizações da sociedade civil que têm participado nesta iniciativa contínua. Obrigado pela vossa dedicação e empenho em melhorar a dignidade e a segurança das raparigas adolescentes que menstruam em Angola e por oferecerem generosamente o vosso tempo, experiência e conhecimento, garantindo uma iniciativa piloto de gestão da saúde menstrual (MHM) bem sucedida, para promover a igualdade de género e o empoderamento das raparigas adolescentes em Angola.