O Auditório do Instituto Nacional de Estatística acolheu no dia 16 de Abril o Workshop sobre a Monitoria da Implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), no âmbito da elaboração do 2.º Relatório Nacional Voluntário (RNV), sob liderança do Ministério do Planeamento, com apoio das Nações Unidas.
O evento foi organizado pelo Ministério do Planeamento e o Escritório da Coordenadora Residente das Nações Unidas, com apoio do UNFPA e participação activa de outras agências da ONU, Academia, Sector Privado e Organizações da Sociedade Civil
O workshop marca uma fase importante de revisão final e validação do Relatório, que é uma reflexão colectiva sobre os progressos e desafios do país, rumo ao cumprimento da Agenda 2030.
O Economista Sénior do Sistema das Nações Unidas em Angola, DR. Andrea Antonelli, representando a Coordenadora Residente, agradeceu o alto nível de apropriação nacional deste relatório, promovendo a participação activa de vários actores. Por sua vez, o Secretário de Estado para o Planeamento, Luís Epalanga, destacou a importância deste segundo relatório para o governo de Angola, e reafirmou o seu compromisso para continuar o monitoramento das metas de ODS e compartilhar boas práticas com outros países.
O relatório utilizou os dados recentes do IIMS 2023-2024, que mostrou as melhorias em alguns indicadores do ODS, por exemplo o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar), com foco na redução da mortalidade materna de 239 para 170 por 100.000 nados vivos, redução da mortalidade infantil de 44 para 32 por 1.000 nados vivos, e taxa de fecundidade baixou de 6,2 para 4,8 por cada mulher em idade reprodutiva.
Apesar dos avanços registados em vários domínios, os participantes reconheceram que ainda persistem desafios para o cumprimento de outros Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. Reiterou-se, no entanto, que o Relatório, a ser apresentado no Fórum Político de alto nível das Nações Unidas, em Nova Iorque em Julho, deverá reflectir a realidade de Angola de forma transparente e fiel.
Na ocasião, a Representante do UNFPA em Angola, Rinko Kinoshita, felicitou os trabalhos feitos e partilhou contribuições relevantes, destacando a importância da desagregação dos dados por província, idades, sexo e faixa etária, mecanismo de financiamento e a cobertura dos serviços de protecção social. Enfatizou ainda a necessidade de procurar os dados qualitativos para abranger com os dados quantitativos, para destacar as necessidades de grupos vulneráveis, como o Relatório da Consulta Pública a Pessoas com Deficiência em 2024 (MASFAMU e UNFPA).
