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Consulta Pública a pessoas com deficiência: Desafios e Soluções Inovadoras para Pessoas com Deficiência em Angola

Consulta Pública a pessoas com deficiência: Desafios e Soluções Inovadoras para Pessoas com Deficiência em Angola

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Consulta Pública a pessoas com deficiência: Desafios e Soluções Inovadoras para Pessoas com Deficiência em Angola

calendar_today 30 April 2024

Albertina Camarada, da Associação A4s, falando dos desafios das pessoas albinas em Angola
Albertina Camarada, da Associação A4s, falando dos desafios das pessoas albinas em Angola

Angola, Luanda - O Governo de Angola e o UNFPA trabalham juntos na procura de soluções inovadoras para desafios enfrentados por pessoas com deficiência. 

O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, com o apoio do UNFPA, realizou, no dia 23 de Abril 2024, uma Consulta Pública para melhor compreender as necessidades das Pessoas com Deficiência -  PcD, especialmente de mulheres e raparigas, no acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e empoderamento da mulher com deficiência.

A sessão contou com a participação activa dos beneficiários, que compartilharam suas histórias e depoimentos, proporcionando contributos valiosos na busca de soluções eficazes no contexto angolano.

Os testemunhos destacaram os desafios enfrentados pelas PcD no acesso a serviços essenciais de saúde sexual e reprodutiva e no acesso à formação. Ressaltaram a necessidade urgente de abordagens inovadoras para promover a inclusão e garantir o pleno exercício dos direitos das pessoas com deficiência em Angola.

Eu tive muitas dificuldades em dar à luz os meus filhos na altura de subir e descer da  marquesa. Não há sentimento de ajuda”, disse a Sra. Esmeraldina, da Associação Angolana de Direitos e Inclusão das Mulheres com Deficiência. Continuou, dizendo: “Tu já estás com uma gravidez de alto risco e tens que se esforçar mais para subir e descer da marquesa e o técnico (de saúde) só fica a olhar.

 “Muitas vezes os surdos têm que implorar para receber atendimento. Não tem um intérprete para fazer o acompanhamento da mulher surda  na Instituição para passar as informações aos  médicos. Os médicos menosprezam muito devido à barreira de comunicação”, disse a Sra. Sílvia, com deficiência auditiva, da Associação Nacional de Surdos de Angola.

No ensino primário decidi não ir à escola por medo da discriminação por ser uma pessoa com albinismo. Aprendi a ler e a escrever em casa com o meu pai. Só depois fui para a escola”, disse a Sra. Amélia, pertencente à Associação de Apoio de Albinos de Angola.

A consulta pública reservou um momento para auscultação e reflexão em torno das soluções inovadoras, que foram apresentadas pelos representantes das diferentes associações de pessoas com deficiência.

Participaram da actividade, para além das associações de pessoas com deficiência, altos  representantes do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, da Juventude e Desportos, da Educação, do Ministério dos Transportes e da Saúde, o Representante do UNFPA Angola, assim como Representantes de Agências das Nações Unidas. Esta iniciativa foi realizada com base na aprovação e publicação  do Plano de Inclusão e Apoio às Pessoas com Deficiência (PLANIAPED), aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 217/23 de 31 de Outubro e, assenta nas Estratégias das Nações Unidas e do UNFPA, de Inclusão de Deficiência.

Dorivaldo Caetano, Social Media Associate  

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