Luanda - O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) vai reforçar a parceria com a Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo.
A informação foi dada pela sua representante em Angola, Kourtoum Nacro, na sessão de abertura primeira Conferência Internacional Episcopal da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo que termina hoje, em Luanda.
Segundo a representante do Fundo das Nações Unidas para a População, a parceria com a igreja está ligada à área da saúde, principalmente na reprodução humana.
Kourtoum Nacro referiu que os fiéis não devem estar apenas preocupados com a saúde espiritual, mas também com a reprodução humana. “A parceria com a igreja de Nosso Senhor Cristo no Mundo na área reprodutiva já está em curso. Pretendemos apenas fortalecer os laços”, afirmou.
A conferência episcopal da igreja discute temas como “o perfil do profeta Simão Toco como nacionalista e líder religioso”, “a influência do tocoísmo na luta pela inddependência de Angola” e “Angola e o cristianismo face às novas religiões - receio e precauções”.
Ao falar na abertura do encontro, o bispo D. Afonso Nunes solicitou o apoio do Executivo angolano e o reconhecimento dos feitos do nacionalista e fundador da igreja, Simão Gonçalves Toco.
O bispo Afonso Nunes defendeu a atribuição do nome de Simão Toco a alguma rua, praça ou ponto importante de Angola.
“É hora de trabalharmos para a unificação da história e aglutinar todos os valores de individualidades que actuaram em várias frentes de luta”, disse o líder religioso.
O representante do Ministério da Cultura, João Lourenço, convidado a dissertar sobre o tema “Simão Toco como nacionalista e líder religioso”, considera que o fundador da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo faz parte das grandes figuras da história de Angola do século XX. João Lourenço disse a que Simão Toco deve ser considerado objecto de estudo por investigadores e estudiosos, sublinhando que a sua actividade não foi apenas religiosa, mas também política e social. “Todo o processo de mobilização para a ascensão e emancipação de Angola deve ser devidamente valorizado”, enfatizou.
Participam na conferência representantes de todas as províncias do país, da África do Sul, Inglaterra, São Tomé e Príncipe e China, totalizando mais de 350 pessoas.