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A Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) trouxeram luzes solares para a clínica de Lovua e o assentamento de refugiados de Lovua nesta quarta-feira - beneficiando os refugiados congoleses e os anfitriões angolanos.

A Representante do UNFPA, Florbela Fernandes, e Representante Adjunto da JICA em Angola, Yuzo Kitamoto, reuniram-se com a administradoraa Domingas Martins e o vice-administrador Armando João Quitamba, do município de Lovua, quando entregaram dois pacotes com luzes solares para a clínica pública em Lovua. Uma unidade similar foi dada à clínica no assentamento de refugiados de Lovua.

"As luzes solares podem ajudar a garantir partos seguros para as mulheres que dão à luz durante a noite, tanto no assentamento Lovua para refugiados congoleses como para a comunidade anfitriã angolana", disse Fernandes.

Desde o início da violência na região do Kasai da República Democrática do Congo no início de 2017, cerca de 35 mil refugiados buscaram segurança na província da Lunda Norte. Os refugiados tem sido transferidos para um assentamento em Lovua, a cerca de 100 Kilómetros da fronteira congolesa.

"É admirável ver como o município de Lovua, generosamente, tem protegido os refugiados contra um conflito devastador, em consonância com a Convenção dos Refugiados", disse Fernandes.

Os Representantes fizeram uma visita conjunta ao assentamento onde fizeram a entrega de
unidades solares para uso comunal. No total, a JICA e a Panasonic doaram 50 unidades alimentadas por energia solar em resposta à crise humanitária. As unidades consistem em um painel solar, três lâmpadas LED e uma bateria recarregável que também pode ser usada para carregar telefones celulares.

Como o assentamento de Lovua não está conectado à rede de energia, os refugiados são deixados na escuridão total quando o sol se põe. A falta de luz pode tornar as pessoas vulneráveis à violência baseada em gênero e outros riscos de segurança, e esses riscos são elevados em situações de crise, quando mecanismos sociais, de segurança e outros mecanismos de proteção tendem a quebrar.

"Esperamos que as unidades solares possam ajudar a aumentar a segurança dos refugiados, fornecendo luz nas principais áreas comuns. Ao garantir a luz no posto da polícia, esperamos que seja mais seguro para os refugiados denunciar quaisquer incidentes de segurança. Ainda assim, muito mais precisa ser feito para fornecer a quantidade suficiente de luz no assentamento ", disse Fernandes.

Factos:

• 35 mil refugiados buscaram segurança na província de Lunda Norte em Angola, após a escalada de violência em Kasai na República Democrática do Congo no ano passado.
• Os refugiados tem sido transferidos para o assentamento de Lovua, e mais de 10 mil refugiados estão actualmente a residir em Lovua.
• Mais de uma em cada quatro famílias são famílias chefiadas por mulheres e 75% dos refugiados são mulheres e crianças.
• Vários dos refugiados foram sujeitos a violência sexual e de gênero antes de chegar a Angola, com impacto físico e psicológico. Muitos também perderam membros da família, e relatam sobre massacres, estupros, mutilações e destruição de propriedade.

O UNFPA é a agência das Nações Unidas que trata de questões de saúde reprodutiva e direitos. A nossa missão é criar um mundo onde cada gravidez seja desejada, cada parto seguro e o potencial de cada jovem seja alcançado.

Para mais informações sobre a resposta do UNFPA à crise,  consulte:https://data2.unhcr.org/en/documents/details/61789