Ndalatando - O ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, iniciou, na manhã desta segunda-feira, uma visita de trabalho à província do Kwanza Norte, com o objectivo de averiguar as condições para a realização do censo piloto, que antecederá ao recenseamento geral da população e habitação (RGPH).
A chegada a Ndalatando, capital da província, o ministro foi recebido pelo governador Henrique André Júnior, com quem manteve um encontro de cortesia.
O programa da visita destaca, entre as actividades, uma reunião, em Ndalatando, com os grupos técnicos provincial, municipais e comunais do censo, a qual participarão também membros das equipas técnicas executivas e agentes cartógrafos.
Igualmente, na capital da província, a delegação ministerial visitará a actual sede dos serviços provinciais do Instituto Nacional de Estatística (INE), assim como as obras de construção do futuro edifício-sede do referido organismo.
Golungo Alto, município abrangido para esta fase experimental, que começa às zero hora do dia 16 de Maio, será também visitado pelo ministro que regressa a Luanda ainda na tarde desta segunda-feira.
O Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) remarcado para o ano 2014 é uma operação completa de recolha, compilação, avaliação, análise e publicação de dados demográficos e socioeconómicos de todas as pessoas residentes e das habitações existentes no país.
O mesmo será antecedido por um censo piloto a decorrer em regiões já identificadas das províncias do Uíge, Kwanza Norte, Luanda, Kuando Kubango, Huambo Namibe e Cunene, com o arranque previsto para 16 de Maio próximo e duração de trinta dias.
Com a RGPH, será possível saber exactamente a estrutura da população angolana e da força de trabalho, a sua distribuição geográfica e as áreas prioritárias de investimentos.
O Executivo poderá, assim, aperfeiçoar as políticas públicas para a saúde, educação, habitação e segurança social.
Segundo o Fundo da Nações Unidas para a População (FNUAP), os países devem efectuar o recenseamento populacional de dez em dez anos.
Angola não realiza esta actividade desde a proclamação da independência nacional, em 1975, fruto de constrangimentos resultantes do conflito armado eclodido logo após a descolonização, e que terminou a 4 de Abril de 2002.