Go Back Go Back
Go Back Go Back

Moçambique e Angola querem mais meninas na escola

Moçambique e Angola querem mais meninas na escola

Notícias

Moçambique e Angola querem mais meninas na escola

calendar_today 21 July 2016

Na celebração do 11 de Julho, Dia Mundial da População, a organização das Nações Unidas pede mais investimento para a educação da rapariga.“Os governos precisam de investir em adolescentes de forma a lhes permitir tomar decisões importantes na vida e prepará-las para um dia ganhar o seu próprio sustento e estar em pé de igualdade com os seus homólogos masculinos, “ lê-se no comunicado do Director Executivo do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Babatunde Osotimehin.

Entretanto, em Moçambique e Angola, a organização celebra alguns feitos.

Em Moçambique, a Representante do UNFPA, Bettina Maas, disse que a organização procura apoiar o governo a inverter um cenário em que metade das meninas dos 15 aos 19 anos não sabe ler e escrever, e uma em cada duas casa antes dos 18 anos.

Moçambique tem 25 milhões de habitantes. Desse número, mais de metade são jovens que vivem o dilema de casamentos precoces, deficiente sistema de saúde e educação.

Através de iniciativas como Menina Biz, o UNFPA oferece às raparigas habilidades para a prevenção da gravidez na adolescência e promove a continuidade dos seus estudos.

“É uma forma de eliminar as desigualdades entre homens e mulheres na sociedade e facilitar o potencial das raparigas”, afirma Maas.

Em Angola, a Representante do UNFPA, Florbela Fernandes, destaca o trabalho similar através do Projecto Juventude Informada, Responsável e Organizada (JIRO).

Para enfrentar os desafios do futuro, diz Fernandes “temos que contar com adolescentes e jovens saudáveis (…) formados para garantir o desenvolvimento das suas famílias, comunidades, de Angola como país, e os desafios globais”.

Dos 25 milhões de angolanos, 60 por cento tem idade abaixo dos 25 anos. Mais de metade das raparigas já tem um filho aos 19 anos.

“Normalmente uma gravidez (precoce) implica o abandono da escola e muitas vezes a rapariga começa a prover cedo para a família”, diz Fernandes.

Embora as actividades sejam direccionadas para os jovens, Fernandes ressalva que os rapazes são envolvidos.

“A paternidade responsável tem que ser exercitada. Nós defendemos a premissa de que os rapazes e os homens devem ser vistos como parceiros”, diz.

Além do investimento particular na rapariga, As Nações Unidas pedem aos países a garantia de educação de qualidade para todos os jovens.

Em Cabo Verde, país com bons indicadores em África, a Primeira-dama, Lígia Fonseca, conta que “os resultados das meninas no ensino secundário e universitário são superiores aos dos rapazes”.

Em resposta, as autoridades, diz Fonseca, trabalham para “impedir que os rapazes abandonem os estudos ou tenham um aproveitamento menor”.

Fonte: VOA

Click aqui para aceder a entrevista em aúdio e o artigo na integra.