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O mundo deve fazer um progresso acelerado para acabar com a mutilação genital feminina até 2030

O mundo deve fazer um progresso acelerado para acabar com a mutilação genital feminina até 2030

Statement

O mundo deve fazer um progresso acelerado para acabar com a mutilação genital feminina até 2030

calendar_today 06 February 2017

Mensagem conjunta do Director Executivo do UNFPA Dr. Babatunde Osotimehin  e o Director Executivo do UNICEF Anthony Lake no Dia Internacional de Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina

De forma irreparável, ela destrói os corpos das raparigas, infligindo tremenda dor. Ela causa trauma emocional extremo que pode durar por toda a vida.   Ela aumenta o risco de complicações fatais durante a gravidez e parto, colocando em perigo tanto a mãe como o bebé.   Ela rouba a autonomia das raparigas e viola os seus direitos humanos.   Ela revela o baixo estatuto das raparigas e reforça as desigualdades de género, alimentando os ciclos inter-geracionais de discriminação e ofensas   É a mutilação genital feminina. E, apesar de todos os progressos alcançados rumo à eliminação desta prática violenta, milhões de raparigas – a maioria abaixo de 15 anos – poderão ser submetidas à esta prática de forma coerciva, só este ano. Infelizmente, elas poderão se juntar aos 200 milhões de raparigas e mulheres que já vivem com os danos causados pela mutilação genital feminina em todo o mundo – e cujas comunidades já estão afectadas pelo seu impacto.   Em 2015, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável reconheceram a relação directa entre a mutilação genital feminina, a desigualdade de género e o desenvolvimento – e relançou o apelo à uma acção global para acabar com a prática até 2030.   Em 2016, mais de 2,900 comunidades, representando mais de 8.4 milhões de pessoas vivendo em países onde o UNFPA e o UNICEF trabalham em conjunto para acabar com a mutilação genital feminina, declararam ter abandonado a prática.   Em 2017, devemos exigir acções rápidas para consolidar este progresso. Isso implica apelar aos governos para legislar e fortalecer as leis e políticas que protejam os direitos das raparigas e mulheres e previnam a mutilação genital feminina.   Isto implica garantir maior acesso aos serviços de apoio para os que estão em risco de sofrer a mutilação genital feminina e às sobreviventes desta prática. Implica também impulsionar uma maior procura desses serviços, fornecendo às famílias e às comunidades, informação sobre os danos que a mutilação genital feminina causa – e os benefícios resultantes da sua eliminação.   Por último, implica que as famílias e comunidades devem agir e recusar que as suas raparigas enfrentem a violência da mutilação genital feminina.   Vamos tornar esta a geração que elimina a mutilação genital feminina para sempre – e ao agir dessa forma, ajudar a criar um mundo saudável e melhor para todos.