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Parteiras espalhadas pelo mundo trabalham em condições difíceis

Parteiras espalhadas pelo mundo trabalham em condições difíceis

Parteiras espalhadas pelo mundo trabalham em condições difíceis

calendar_today 06 Maio 2016

O Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) pediu ontem aos governos que recompensem as parteiras que trabalham em circunstâncias difíceis e em áreas de difícil acesso, onde os serviços são mais necessários.

Numa mensagem por ocasião do Dia Mundial da Parteira, ontem assinalado,  a agência especializada das Nações Unidas pediu também aos países que invistam na formação de qualidade, nas boas condições de trabalho, em políticas de força de trabalho adequadas e que atribuam salários decentes às parteiras.
O director executivo do FNUAP, Babatunde Osotimehin, enalteceu a contribuição das parteiras para salvar vidas de mulheres e recém-nascidos, às vezes em circunstâncias muito difíceis, em comunidades de difícil acesso, em emergências humanitárias e em países frágeis e dilacerados por conflitos.
Babatunde Osotimehin, que é também subsecretário-geral das Nações Unidas, afirmou que “as parteiras devidamente treinadas e apoiadas estão numa posição única para fornecer, nas comunidades, o cuidado compassivo, respeitoso e culturalmente sensíveis de que uma mulher precisa durante a gravidez e o parto”.
O responsável pelo FNUAP considerou importante a obstetrícia para os recém-nascidos durante o primeiro mês crítico da sua vida e um contributo significativo para a saúde sexual e reprodutiva em geral.  “As parteiras são essenciais para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirmou Babatunde Osotimehin, que acrescentou ter o Mundo reduzido, nos últimos 25 anos, em quase pela metade as mortes maternas. Por ano cerca de 300 mil mulheres ainda morrem durante a gravidez e o parto e quase três milhões de bebés só vivem até às primeiras quatro semanas.

Investimentos significativos

A grande maioria destas mortes é evitável e ocorre em países em desenvolvimento e afectados por crises, salientou Babatunde Osotimehi, para quem, se forem destacadas em números consideráveis, as parteiras treinadas podem evitar cerca de dois terços desses óbitos. O director executivo da FNUAP lembrou que investimentos significativos em obstetrícia são essenciais para que o Mundo possa atingir os seus objectivos ambiciosos de redução da mortalidade materna e neo-natal.
O FNUAP, recordou, tem ajudado a treinar e apoiado milhares de parteiras em mais de 100 países. Uma pesquisa recente estimou que, em 57 países, a agência especializada da ONU já treinou 66 mil parteiras nos últimos sete anos. No Dia Internacional da Parteira, a agência renovou o compromisso de trabalhar com os países e parceiros globais para fortalecer as habilidades e capacidades obstétricas. “As parteiras são as nossas heroínas e a espinha dorsal da saúde sexual e reprodutiva”, reconheceu o director executivo do FNUAP.

Fonte Jornal de Angola