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UNFPA apoia o Ministério da Saúde de Angola na implementação do Projecto de Resposta à Saúde Sexual e Reprodutiva nas Províncias Afectadas pela Seca

UNFPA apoia o Ministério da Saúde de Angola na implementação do Projecto de Resposta à Saúde Sexual e Reprodutiva nas Províncias Afectadas pela Seca

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UNFPA apoia o Ministério da Saúde de Angola na implementação do Projecto de Resposta à Saúde Sexual e Reprodutiva nas Províncias Afectadas pela Seca

calendar_today 10 December 2021

Programas de emergência tentam mitigar os efeitos da seca severa.
Programas de emergência tentam mitigar os efeitos da seca severa.

UNFPA distribuiu kits de saúde reprodutiva para mitigar a seca no sul do país

A seca no Sul de Angola está no centro de todas as preocupações. Programas de emergência tentam mitigar os efeitos da seca severa. O UNFPA apoia o Ministério da Saúde de Angola na implementação do Projecto de Resposta à Saúde Sexual e Reprodutiva nas Províncias Afectadas pela Seca, para abrandar a precariedade das estruturas de saúde na região e sensibilizar as populações locais.

 

Marina Coelho, representante assistente do UNFPA, conhece de perto os esforços do governo de Angola e dos parceiros para aliviar a situação precária em matéria de saúde sexual e reprodutiva no Sul de Angola. A pior seca na região dos últimos 40 anos traz desafios importantes na assistência a uma população de milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar, onde o risco de mortalidade materna e neonatal, de infecções transmitidas sexualmente, gravidezes precoces e de violência baseada no género aumenta de dia para dia.

 

A responsável lidera um programa que beneficia as unidades de saúde com kits de saúde reprodutiva no sul do país. Como explica, “o Governo de Angola confiou ao UNFPA o papel de apoiar na organização dos serviços integrados de saúde sexual e reprodutiva, mediante a formação e acompanhamento em serviço de técnicos de saúde dos 22 municípios seleccionados”. Estas formações teóricas e práticas “incluem a actualização em temas básicos de saúde sexual e reprodutiva. Além disso, o projecto também contempla a mobilização comunitária, distribuição de kits de dignidade para apoiar 50.000 meninas e mulheres durante a menstruação e os kits de saúde reprodutiva para garantir a realização de partos seguros.”

 

 

Partos Mais Seguros em Zonas Afetadas Pela  Seca 

Até agora, o investimento em kits de saúde reprodutiva alcançou os 500 mil dólares. Às unidades sanitárias das regiões afectadas pela seca, “foram entregues 740 kits que servem para diversos procedimentos, como a realização de 7 mil partos, tratamento de infecções transmitidas sexualmente e tratamento de violações sexuais”. Numa outra vertente, dos 50 mil kits de dignidade previstos, 15 mil já foram entregues. Marina Coelho garante que esta acção “provocou já a melhoria das condições básicas de higiene e saúde menstrual para as meninas e mulheres que convivem com a constante escassez de água”. 

 

 

O programa de distribuição de kits contemplará os 22 municípios seleccionados nas províncias do Cunene (Cuanhama, Ombadja, Curoca, Namacunde e Cahama), Namibe (Moçâmedes, Tômbua, Virei), Cuando-Cubango (Cuangar, Rivungo, Mavinga, Dirico, Nancova, Calai e Cuchi) e Huila (Cacula, Chibia, Quilengues, Quipungo, Gambos, Humpata e Matala). A representante assistente do UNFPA avança também que em cada um dos municípios “está prevista a organização de pelo menos um Serviço Amigos de Adolescentes e Jovens (SAAJ)”. 

Em Angola, onde, por exemplo, apenas 32% das meninas conhecem as formas de se prevenir das infecções pelo VIH, o apoio dos SAAJ é muito importante. 

As iniciativas que Marina Coelho descreve são algumas das muitas acções em marcha no âmbito do Projecto de Resposta à Saúde Sexual e Reprodutiva nas Províncias Afectadas pela Seca no Sul de Angola, que o Ministério da Saúde lidera e que tem um financiamento de 2,5 milhões de dólares do Banco Mundial. Em termos gerais, enumera, “este projecto visa apoiar a oferta de serviços integrados de planeamento familiar, pré-natal, parto seguro, cuidados com os recém-nascidos, puericultura e prevenção das Infecções Transmitidas Sexualmente e VIH” nos 22 municípios seleccionados.

A Direcção Nacional de Saúde Pública, os gabinetes provinciais e municipais de saúde aliam-se a organizações como a World Vision International, o Programa Alimentar Mundial para dar uma resposta efectiva. No que toca ao UNFPA Angola, pontua Marina Coelho, a agência “trabalha em parceria com o Governo para que cada gravidez seja desejada, cada parto seja seguro e que o potencial de cada jovem, seja plenamente alcançado de forma que ninguém, seja deixado para trás, especialmente os que mais precisam, como é o caso das populações das províncias afectadas pela seca no sul do país”.