À semelhança do que acontece em muitas partes do mundo, as adolescentes que ficam gravidas em Angola são as que têm baixos níveis de escolaridade, que vivem em situação de pobreza e em zonas rurais e periurbanas. Quando uma menina descobre que está grávida, ela enfrenta os problemas que surgem no seio da família, e muitas vezes sem a presença do pai da criança. A menina grávida acaba por não ter outra alternativa senão deixar de estudar, ficando muitas vezes sem apoio, e sem as instalações necessárias na escola; fica isolada e sem saber como encontrar formas de sustentar a si própria e o seu bebé.
Em Angola 37% das raparigas entre os 15 e os 19 anos já tiveram a sua primeira gravidez, isto está relacionado com o abandono escolar. Um dos principais indicadores que predizem a pobreza de uma criança é a idade e a educação da mãe. Portanto, a gravidez precoce perpetua o ciclo de pobreza que passa de geração em geração.
A taxa de fecundidade adolescente em Angola, 163 nascimentos por 1.000 meninas entre 15 e 19 anos, é uma das mais altas da região e a necessidade não atendida de planejamento familiar entre essas adolescentes é de 43%.
Como conseguir prevenir a gravidez indesejada na adolescência? O UNFPA trabalha com escolas para dar palestras sobre planejamento familiar e prevenção de gravidez indesejada na comunidade. Kits de dignidade são distribuídos entre alunos e comunidades.